09/12/2016


Viver para aprender

Admiro lojas que vendem coisas e emoções.
Admiro espaços que fornecem refeições e tranquilidade.
Admiro pessoas que passam boa energia.
Admiro e gosto de tudo o que me faz bem.
Não tenho paciência para não gostar e deixar ficar.
A idade traz este tipo de sabedoria, nem tudo é mau.
Quando me dizem se tivesse tal idade, e, soubesse o que sei hoje, fazia isto, não fazia aquilo... apetece-me responder que é tudo conversa da treta.
Já pensei assim, e, hoje sei que temos que viver para aprender.

07/12/2016



Se a sua vida tomou um rumo que não lhe interessa, mude de sentido.

Nunca é tarde.



06/12/2016



Intervalo

A caminho do emprego, sem pressas, sinto que vivo aquele momento, de tempo, em que não levo filhos ao Infantário nem deixo pais no Centro de Dia para Idosos.
Dou por mim a pensar que tenho alguma sorte.
Existem pessoas que não chegaram a ter esse intervalo, na vida.
Os acontecimentos sucederam-se sem instantes de tranquilidade.
Para elas, a vida passou e pouco deixou. 
Vemos o nosso filme, o filme dos outros, tecem-se comparações que de nada servem.
Um dia, apuramos os sentidos, e, descobrimos que passaram muitos momentos que não deixaram marcas.
Desperdício.
Tenho que fazer com que este intervalo, de tempo, deixe...

05/12/2016


O melhor momento


O melhor momento, do dia, é este em que me sento e me encontro comigo própria.
Tarefas realizadas, silêncio em casa, tranquilidade quase perfeita.
Ao longe, uma máquina de lavar, quase música de embalar... gosto desse ruído, pouco importa quando a  tarefa não me pertence, não é a minha, não necessito estender essa roupa.
Relembro os melhores e os piores momentos do dia. 
A cadela, companheira de todas as horas, adormecida a meus pés, aparenta não ter preocupações.
Acho interessante como o cansaço vem e vai quase como por magia.
Levanto-me, faço um chocolate quente. 
O aroma apura os sentidos, renova a alma.
Fadiga do corpo, mente em turbilhão.
Tanta coisa que fiz e outra tanta que ficou por fazer.
Chegou a hora do sono e ele teima em não chegar.
Não sei que fazer, contar carneiros? Nem os consigo imaginar...
E, se fosse passar a ferro? Nem pensar!...
Deixem-se estar, não se incomodem a dar ideias, alguma coisa hei-de inventar.


04/12/2016


É bom saber estar, a dar tempo, quando não tem tempo para dar.