07/01/2017


Restaurar e reciclar

É necessário jeito e paciência para restaurar e reciclar coisas ou pessoas.
Alguns desistem ao primeiro contratempo, outros dedicam-se de corpo e alma e conseguem obras deslumbrantes.

O esforço pode compensar.
Partilhar e mostrar obras restauradas dá um enorme prazer.

Por outro lado, a inveja daqueles que não conseguiram dedicar-se a esse trabalho é um sentimento doloroso.

Da próxima vez que tiver algo ou alguém que ainda tenha hipótese de restauro ou que possa vir a ser reciclado para uma outra qualquer função, pense bem, não atire fora. 

Dedique-se e goze o efeito final dessa sua obra.

06/01/2017


Momentos de encontro


Existem momentos de encontro.
O encontro pode ser difícil, pode ser fácil, pode ser libertador.
Por vezes, andamos perdidos por aí. 

Basta uma palavra, uma atitude, uma lágrima, um grito, um sorriso e tudo se liberta.
Solta-se o verdadeiro Eu.
No disfarce do dia-a-dia tudo parece perfeito. 

Quando o Eu se liberta a perfeição desfaz-se e essa imagem fica para sempre.
Mesmo assim, correndo esse risco, gosto de libertar o Eu. 

Nada pode viver aprisionado, para sempre.
É bom sentir esse poder e essa liberdade mesmo que se pague caro por esse momento.

No fundo, mau feitio todos temos um pouco, não?


05/01/2017



Atreva-se a ir.

Só assim poderá dizer se gostou ou não...

O atrevimento pode ser uma boa atitude.



04/01/2017



Depois dos noventa, conversa de amigas



- Fiquei à sua espera para ter a certeza que era a senhora, vinha tão depressa que fiquei na dúvida. - disse D. Maria, abrindo a porta e falando para a amiga.

- Ah sim? Então, todos os dias temos que caminhar um bocadinho. - respondeu D. Júlia.
- Já havia um certo tempo que não a via mas parece-me bastante bem. - elogiou D. Maria.

- Sim, sinto-me bem. Fui à casa do meu irmão, fui ver o gato, eles foram para o Lar, na segunda-feira. - esclareceu D. Júlia.
- Ah sim? E eles queriam?

- Então não tinham ninguém que cuidasse deles e com noventa e sete anos... eu também já dei o nome, já tenho noventa e dois e não quero dar trabalho à minha filha.

- Ah mas não há nada como a nossa casinha... - respondeu D. Maria, convencida que, aos noventa e quatro anos, ainda pode ficar por ali, fazendo o seu governo e sem dar preocupações aos familiares.

Que assim seja por muitos e bons anos. 

02/01/2017



Que o céu se encha de nuvens,
Que as nuvens libertem chuva,
Que a chuva lave a alma, e,
Que a alma se ilumine...
Novamente.





Junte cada bocadinho.
Recomece.
Siga em frente, sempre, mais forte.



01/01/2017



Agradeça, podia ter sido pior.
Não ignore os pequenos nadas.

Apure o seu sexto sentido.




1 de Janeiro, primeiro dia do ano

Levantei-me cedo, pé ante pé, silenciosamente.
Os outros dormem, e, eu procuro, pela casa, a rolha de champanhe perdida na noite anterior.
Esperavam, ansiosamente, pelas doze "badaladas", de garrafa na mão. A rolha tão ansiosa como os demais resolveu fazer-se à vida, muito antes da meia noite.
Fez-se a festa, logo.
Encheram-se os copos.
Festejou-se.
Pouco importância deve ter, mais minutos, menos minutos.
Mantém-se o mistério "O que é feito da rolha"?
Uma coisa tenho a certeza, não fez buraco no teto, não entrou para a casa do vizinho.
Vou sair, por aí, apreciar a manhã do novo dia, do Novo Ano.
A quietude sempre me fascinou.
É bom saber que, após as festividades, todos voltaram em bem.
Votos de Feliz Ano Novo.
Prometo contar-vos quando encontrar a rolha...