09/05/2017



Reconheço que tenho o dom ou o defeito de falar quando não devo e onde não fica bem.
Odeio o silêncio profundo que resta da conversa inadequada.

Não me atrevo a remediar.
Saiu.
Não volta a entrar.

Pergunto-me, vezes sem conta:
- Porque não sabes ficar calada?

E volta a acontecer. É mais forte do que eu.

Espero, sempre, ter aprendido, desta vez.
Tenho que treinar, pensar e não falar.
Pensar é permitido.

Por outro lado, reconheço que não falo quando tenho bons motivos e boas oportunidades.
Se gritasse o que devo, e, falasse em tom que magoasse talvez me tivessem levado a sério... 

Não façam como eu faço ou fiz.
Oiçam a vossa voz interior, ela tem razão.



Um só Mundo.




Diferentes momentos,
Diferentes tempos,
Diferentes lugares.

Os mesmos ódios,
Os mesmos amores,
As mesmas amizades.

Porquê?

07/05/2017

Praia do Camilo


Feliz dia da Mãe.







Num outro dia, numa conversa entre colegas e amigas, falámos sobre a morte, sobre o partir e deixar tudo orientado. 
Chegámos à conclusão que, mal ou bem, os nossos filhos, excetuando um, já tinham asas para voar.
Pode nunca ser tempo, certo, para isso acontecer... certo, certo é que terá que acontecer, um dia.
Conversa interessante.

Ontem, numa ida à praia, com uma das minhas filhas, relatei essa conversa.
Primeiro, olhou-me espantada, depois respondeu:
- Escuta, ainda não me ensinaste a cozinhar como deve ser!...

Comecei a rir e respondi:
- Está bem, prometo não morrer sem te ensinar a cozinhar, como deve ser.

Olhou-me e respondeu:
- Ainda bem que avisas, só quero aprender a cozinhar lá para os oitenta anos, pode ser?

Rimos muito.
Sabemos que não temos esse poder mas estes momentos são muito bons.