23/06/2015

Duas cadelas irmãs para duas meninas irmãs.

Desde pequeninas que as duas meninas irmãs queriam um cão.
A mãe também gostava de animais mas, como não queria ter muito trabalho, ia adiando o acontecimento.
- Não querem um cãozinho? - perguntou uma prima, no fim de um verão.
As duas irmãs pularam de contentamento.
- Mãe, por favor!... - imploraram.
A mãe, por fim, acedeu.
Iam visitar a cadela mãe. Acompanharam a gestação como se de barriga de aluguer se tratasse.
Quase assistiram ao parto. Pariu em novembro.
Não ficaram com um cão.
Ficaram com duas cadelinhas lindas: uma preta e uma loira.
Cada menina ficou com a sua cadela.
Deram-lhes nomes. Trataram delas, nos primeiros tempos, como qualquer criança.
Partilharam alegrias.
Brincaram muito. Aprenderam bastante.
Dividiram lágrimas e abraços.
Foram muito felizes.
As cadelas ficaram com a personalidade das donas: uma tímida e a outra mais mandona e atrevidota.
As meninas cresceram.
As cadelinhas tornaram-se cadelas.
As cadelas ficaram mais idosas.
As prioridades ficaram diferentes mas o amor manteve-se.
A preta partiu mais cedo.
A loira partiu, agora, para junto da irmã.
Meninas, quase mulheres, choram de desgosto e de saudade das alegrias partilhadas.
Bubble e Daisy, as meninas não se vão esquecer, e, a mãe também não.

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